quarta-feira, maio 26, 2010

L2:ao redor da Língua Inglesa

Bilinguismo Infantil - breve esclarecimento

Ellen Perini

Mundo globalizado, segunda língua e inglês são termos que convivem com uma realidade que ultrapassa as fronteiras da vida adulta, atingindo também os pequenos.
O bilinguismo infantil é assunto para esta nova pauta.
Estudos recentes mostram que quanto mais cedo a criança começa a aprender uma segunda língua, mais eficaz e mais permanente será sua aquisição. São nos primeiros anos que a criança revela habilidades variadas e responde com maior rapidez aos estímulos que recebe. O não preocupar-se com os erros e a espontaneidade para iniciar a comunicação com outros, independente do código linguístico, são outros fatores que colaboram. Diz-se que a aprendizagem da segunda língua deve ser significativa para a criança, posto que esse novo conhecimento passa a compor sua rotina diária. Além disso, quando uma criança aprende a falar dois idiomas “simultaneamente”, ela compreende que um mesmo objeto pode ter mais de um nome, o que segundo psicólogos que estudam o bilinguismo, estimula respostas mais criativas e a flexibilidade para se pensar em novas soluções.
Num primeiro momento, a criança continua a usar sua língua nativa em situações nas quais deveria ser utilizada a L2. Em seguida, grande parte das crianças entra no período de "silêncio", ou seja, as crianças utilizam linguagem não-verbal, como gestos e mímicas, para se comunicar na segunda língua. Depois disso, as crianças começam a usar frases "telegráficas" (enunciados que contém uma série de palavras que a criança já aprendeu) e "frases feitas" (frases inteiras que elas ouviram de seus colegas e/ou professores) – em que as frases incluem a criança, principalmente nas situações de brincadeiras. Por fim, as crianças começam a produzir frases mais completas e elaboradas, apresentando o entendimento da sintaxe e estrutura gramatical da língua, mesmo que não conhecendo as regras ou nomenclaturas gramaticais, uma vez que o aprendizado se dá quase que totalmente pela oralidade. Já a "troca de código" geralmente ocorre quando uma criança está tentando esclarecer uma idéia ou resolver uma ambiguidade sem perder a atenção do ouvinte. A “troca de códigos” nada mais é que misturar as duas línguas na tentativa de comunicar uma palavra ou expressão que não está imediatamente disponível para as crianças na segunda língua.
Neste processo todo de aprendizagem, faz-se necessária a ausência de comparações com outras crianças como meios de suprir expectativas externas, seja dos pais ou mesmo professores.
 
Ellen Perini é aluna do 5º semestre de Letras do Centro Universitário Padre Anchieta (Jundiaí), e responsável pela coluna L2 – ao redor da Língua Inglesa, coluna bimestral sobre assuntos relacionados a ensino e aprendizado de segunda língua, com ênfase em Língua Inglesa.

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